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Liberdade e minorias: uma aproximação das filosofias de Paulo Freire e Richard Rorty
Giovane Martins Vaz dos Santos
Da Antiguidade até o final da Modernidade, os debates em filosofia política sobre qual estrutura política é a ideal partem de pressupostos metafísicos sobre a natureza humana, a natureza social, a crença religiosa aceita, etc. Nesses casos, os sistemas políticos são teorizados de acordo com a Verdade, de modo que a liberdade só apareceria em segundo plano. Alguns autores do século XX tentaram transformar a liberdade civil em pressuposto para que a verdade “cuide de si mesma.” Entre eles, se destaca o filósofo norte-americano Richard Rorty: para ele, em uma sociedade livre e igualitária, em que as minorias não sejam oprimidas pelas maiorias, a verdade não é um pressuposto, mas sim uma consequência. O objetivo do artigo é demonstrar como o filósofo brasileiro Paulo Freire pode ser aproximado da visão neopragmatista americana acerca da verdade e da liberdade. A filosofia da educação de Freire, assim como a sua concepção política, dão um forte indício de que para o filósofo a liberdade precede a verdade, ao contrário de interpretações comumente encontradas sobre a sua filosofia. Também tentaremos aproximar o conceito do autor de conscientização do conceito rortyano de redescrição, mostrando como nos dois autores as minorias podem ampliar o espaço lógico da linguagem da comunidade política em que estão inseridos, de modo que adquiram autonomia moral diante das maiorias e passem a ser respeitadas e consideradas por estas. A exposição será dividida em três seções, onde serão apresentadas e comparadas as influências teóricas dos dois autores, suas visões acerca da verdade e da liberdade e finalmente, seus conceitos de redescrição e de conscientização.
Jean-Jacques Rousseau e as bases da discussão psicogenética
Diandra Dal Sent Machado
In: XV Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS, 2015, Porto Alegre. Filosofia e interdisciplinaridade. Porto Alegre: Editora Fi, 2015. v. 3. p. 106-121. https://www.editorafi.org/75semana
Cuadernos de educación y desarrollo
Influenciadores do uso de tecnologia computacional na aprendizagem: uma breve descrição da evolução histórica (parte 1)
2023 •
Karin Komati
FOLHA DE ROSTO
beatriz E contreras Tasso
Crise da democracia? ¿Crisis de la democracia
Carlos F Vilar
Reflexão sobre Temas e Questões em Áreas afins à Filosofia 2
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2021 •
Atena Editora
Prezados leitores, saudações. Caros leitores, trazemos até vocês o livro - Reflexão sobre Temas e Questões em Áreas afins à Filosofia 2. Uma obra multicultural que reúne textos de autores de diferentes regiões e instituições do Brasil, bem como, um trabalho de pesquisadores colombianos. O objetivo do livro é promover o diálogo e a reflexão filosófica, bem como a articulação entre pesquisa e pesquisadores. A leitura filosófica está viva e inclui temas como: ética, razoabilidade, crença religiosa, condição humana, violência e humanidades. O livro é composto por 15 artigos, tendo no centro as discussões e interface de vários teóricos do campo de filosofia e áreas afins. Dentre eles podemos citar: Max Weber que intensifica o discurso sobre a racionalização do trabalho na sociedade capitalista moderna - Pirre Hadot, que contribuiu para o texto "A filosofia como exercício espiritual" - Pedro Laín Entralgo como dispositivo teórico no texto – “O que é homem? Do ponto de vista antropológico filosófico (...)” -, Hannah Arendt a partir de um discurso pautado na condição humana -, Kant e Rousseau, na perspectiva da educação das crianças, entre outros. Nos textos desta obra, “a linguagem é versada em metáforas e retórica, e desta forma heterogênea a escrita filosófica é usada de forma consciente ou inconsciente”. A obra é um convite a uma imersão no mundo do conhecimento e da sabedoria, imbuído de "discursos", "reflexões" e "questões filosóficas". Diante o exposto, desejamos a todos uma boa leitura.
AUTORIDADE HUMANA E FUNDAMENTO DA LEI EM MARSÍLIO DE PÁDUA
Jose L Ames
Marsilius of Padua develops a doctrine which places the roots of all political creation into the popular will; so it becomes the exclusive source of all civil ordainment. With this move, the place of natural law is now occupied by the human legislator will, and the source of authority is not God any more but men’s will. It is up to them now to decide about the righteousness of any single law in regard of its political aims. The people’s political authority, due to its legislative power, stretchs out over all civil organization, including clerical lots. Once attributed to the citizens the absolute authority to make their own laws, they become the real trustee of all civil powers. To Marsilius of Padua the Government remains, always and solely, an executor of people’s will accomplished through the obligations emanated from the laws promulgated by itself.
Filosofia e Género. Outras narrativas sobre a tradição ocidental
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2016 •
Fernanda Henriques
O presente livro está dividido em duas partes. Na primeira justifica-se a importância e a possibilidade de procurar raízes na nossa tradição de posições sobre as questões das Mulheres. Na segunda, ensaiam-se propostas de leitura dessa tradição com uma perspetiva feminista.
Hacia una Educación Ciudadana de Carácter Moral y Cosmopolita
Iván Darío Moreno-Acero
3º Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Filosofia
Resumo/Abstract da Comunicação - Linguagem Técnica e ideologia
2018 •
Angelo Milhano
Por via do imperativo histórico que subjaz à essência da técnica moderna, a linguagem tem vindo a ser destituída do seu papel enquanto «acontecimento de apropriação» capaz de criar a abertura necessária para uma nova forma de pensar o «ser». Com o imperar da técnica moderna, os conteúdos ontológicos fundamentais — i.e., os valores substanciais, assim como a própria identidade cultural (enquanto modo próprio de «ser-no-mundo») — que a linguagem transporta consigo ao longo de gerações, têm vindo a ser menosprezados em prol de uma operacionalização funcional, transformando-os de acordo com os princípios da utilidade, eficiência e produtividade. Com esta comunicação procurar-se-á então destacar como, sob o subterfúgio da funcionalidade técnica que se impôs como paradigma do pensamento moderno, se tem vindo a transformar o modo como o «Dasein» se mostra capaz interpretar o «mundo» onde está lançado, uma vez que os diversos modos pelos quais o «ser» nele se manifesta, por via da transformação funcional da linguagem, vêm ser reduzidos a uma configuração utilitária que se encontra subjugada ao «poder» inerente à essência da técnica moderna.